quarta-feira, 27 de julho de 2011

Fora Jobim: Ministro diz que votou em Serra

O ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), que ocupa o cargo desde 2007, disse na terça-feira 26 ter votado no então candidato José Serra (PSDB) à eleição para presidência em 2010. Em entrevista ao jornalista da Folha de S. Paulo, Fernando Rodrigues, o ministro declarou ser amigo íntimo do tucano e que a atual presidenta Dilma Rousseff sabia de sua relação e preferência pelo candidato do PSDB.

Ao ser convidado para gravação de um programa eleitoral para a campanha da então candidata, Jobim declarou ter um problema. “De um lado, por razões pessoais, inamovíveis, eu não tenho condições de fazer campanha para a ministra Dilma. Uma vez que sou amigo íntimo do Serra. Ele foi meu padrinho de casamento, eu morei com ele algum tempo aqui em Brasília. Inclusive agora, quando vou a São Paulo, eu janto com ele, eu e minha mulher, nos damos muito bem”.

Por outro lado, afirmou o ministro “eu tenho também um impedimento de natureza institucional de fazer campanha para o Serra”. Depois disso, Lula avisou ao ministro Alexandre Padilha, que cuidava das relações institucionais do governo, para que Jobim ficasse de fora da campanha.

Sobre especulações de que seria um dos ministros a sair da equipe de Dilma antes do fim do mandato, em 2014, Jobim falou que “se a gente fica tentando marcar prazos e tempos só cria problemas e você não cria soluções. Então deixa as coisas correrem. As coisas vão andando. No momento em que as coisas resolverem sair, sai”.

Ainda na entrevista, o ministro declarou não ser mais possível apurar as responsabilidades da destruição dos arquivos da ditadura militar.“Internamente não. Não tem como. Como você não tem formalização do processo de incineração, você não tem como identificar de quem partiu o ato”.

No começo do mês, Jobim já havia dado um grande sinal de que não tem mais condições de seguir no governo ao afirmar, em evento para celebrar o aniversário de Fernando Henrique Cardoso, que sentia falta da gestão do tucano, de quem foi ministro, e que hoje estaria cercado de “idiotas”.

Fonte: Carta Capital

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